Hoje há outro
Conselho de Ministros extraordinário. “Quando se navega sem destino, nenhum
vento é favorável”, e andamos mais ou menos assim, no tal mesmo barco sem saber
bem aonde ir. Ainda assim, não gostaria de estar na pele de nenhum dos nossos
decisores políticos. Nem um, e nutro pouca simpatia pela maioria.
Quem tem poder de
decisão não sabe o que decidir e, entre os que sobram, parece não faltar gente sábia
e inspirada. Se já não importará muito tentar perceber como chegámos até aqui,
resta saber como iremos sair disto. Continuar a insistir na teoria do exagero e
de uma espécie de promoção do pânico começa a parecer, mais do que absurdo, um
insulto a todos os que se esforçam em nome do bem comum.
Não podemos ficar todos em casa e não vai ficar tudo bem. Como é que se faz a ponte entre uma coisa e a outra para que não fique apenas e só um país em ruínas, não faço ideia. Mas não pode ser, como se já se percebeu (era assim tão pouco evidente?), deixando a escolha à solta. Para o bem e para o mal, elegemos governos. Mesmo quando abdicamos do direito e do dever de voto.
É possível que a emergência do momento dite, novamente, o encerramento das escolas. Nesse caso, talvez fosse acertado suspender as aulas, pelo menos, para os alunos do ensino secundário. Mesmo. Presenciais e não presenciais, uma semana, duas semanas, e, nesse caso, prolongar pelo mesmo tempo o período seguinte, o final do ano lectivo, reajustar o calendário de exames. Seria outro coro de críticas, claro, mas há alguma medida que agrade a toda a gente? A não aquela de permitir o Natal e a Passagem de Ano, quero dizer?