terça-feira, 27 de abril de 2021

É como atravessar uma ponte de corda suspensa sobre um abismo. Estreitíssima. Quebradiça como uma velha carcaça perseguida pela mais violenta das tempestades. E o abismo tão profundo que nada mais a vista alcança além da densa negritude do invisível, do infinito. Cada passo um acto de fé insolente na imensidão do nada que me sustenta. O silêncio mantém-me viva. Alerta. Atenta apenas ao bater inquieto do coração.