Ontem houve Lua
de poetas. Outra Lua de poetas. Tão bonita. Quase grávida, num quarto crescente
a esgotar-se, brilhante como um manto de lágrimas, um
luar descarado despindo nuvens amarelecidas sob o hálito íngreme da noite. Tão descaradamente
iminente que podia agarrá-la com a mão. Guardá-la como quem guarda um segredo.
Hoje, vejo-a mais bela ainda.
"Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?"