terça-feira, 25 de maio de 2021

Ontem houve Lua de poetas. Outra Lua de poetas. Tão bonita. Quase grávida, num quarto crescente a esgotar-se, brilhante como um manto de lágrimas, um luar descarado despindo nuvens amarelecidas sob o hálito íngreme da noite. Tão descaradamente iminente que podia agarrá-la com a mão. Guardá-la como quem guarda um segredo. 

Hoje, vejo-a mais bela ainda.

"Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?"