Roubei outro título. Para me solidarizar com o Cristiano Ronaldo, o Deus do futebol e, portanto, da pátria portuguesa, com toda a certeza. O Presidente da República lá saberá o que é importante para o país. Foquemo-nos, por isso, na Selecção e no Euro-2020 que, por motivos que interessam cada vez menos, tem lugar em 2021. Além disso, tal como o nosso CR7, não aprecio Coca-Cola. Não aprecio nada. E ganhámos. Temos entretimento para os próximos dias. Notícias, análises, mais notícias, mais análises. Os ajuntamentos, a falta de máscara e a lotação do estádio Puskás-Arena não provocou comoção para lá da emoção desportiva. Não se ouviram os sermões novo-normais, jornalísticos e outros, porque estamos quase, quase de volta ao velho normal. As polémicas – por mais cabeludas – esvaziam-se ao primeiro apito. Apito é uma palavra horrível, por sinal. Mas, entre outras coisas que vão fazendo a nossa história, já sem as armas e os barões, Fernando Medina pode dormir descansado. Sobreviverá como presidente da Câmara Municipal de Lisboa. E Cotrim Figueiredo pode continuar a organizar arraiais e a praticar “tiro ao alvo” sobre os alvos que lhe aprouver. Na verdade, também o entendo. Enquanto pratiquei tiro – já lá vão uns anos –, por mais do que uma vez me senti tentada a personalizar o papelucho cheio de circunferências concêntricas, tanta era a gente a merecer a minha devoção; and counting, como dizem os ingleses, que, como é sabido, também apreciam futebol. Arraiais, não sei.
Sugeri-o, até, ao meu instrutor à época, isso de colar umas carinhas nos alvos, mas, talvez por eu ser a única mulher naquele grupo, esse meu capricho nunca foi tratado com a atenção e o respeito que merecia. Dizia-me, apenas, que eu tinha jeito para aquilo. Quando ao suposto jeito comecei a associar um certo prazer, desisti. Nunca fiando, diz o povo sabiamente.
Portugal segue nos próximos capítulos, que é como quem diz e o povo também, nos próximos jogos.
Entretanto, por qualquer motivo que não sou capaz de explicar, entre ontem e hoje, o número de visualizações deste blogue disparou (mais ou menos, que ainda vai havendo bom senso) lá para os lados da Suécia. Não é a primeira vez, mas, desta vez, é bastante expressivo. Neste exacto momento, só no dia de hoje, este blogue conta com quase quinhentas visualizações a partir daquele país e pouco mais de cento e setenta desde Portugal. Um escândalo em qualquer dos casos, que esta é uma casa humilde. Ou isto é obra de pirataria informática, ou, decididamente, o mundo está perdido. Pelo sim, pelo não, agradeço a todos os que perdem parte do seu precioso tempo a ler isto. Suecos e não suecos.
Do Togo. Um destes dias, tinha duas visitas do Togo.
E aquele livro merece ser lido. Mesmo por quem não gosta de Coca-Cola.