sexta-feira, 23 de setembro de 2022

A imagem (ouvi falar também de um vídeo, mas a fotografia já é suficientemente repugnante, por isso, nem procurei) da mulher coberta de formigas num lar da Santa(?) Casa da Misericórdia de Boliqueime é de um horror obsceno. Não é uma “falha humana” (mas qual “falha humana”!?; falha humana era a senhora ter caído da cama num infeliz momento de desatenção), é o exemplo acabado da ausência absoluta de humanidade e virá a ser outro crime sem culpados, porque a indignação só é indignação quando deixa de ser possível fingir que não se sabe, não se vê, não se ouve, e as punições implacáveis, o investigue-se tudo até ao fim doa a quem doer, tem tudo para acabar como já sabemos.