sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

É tão bom, não foi?

O enfado com que a gente que ocupa cargos políticos responde – ou não responde, na verdade – ao país quando confrontada com pedidos de esclarecimento sobre o exercício das suas responsabilidades e competências ao serviço da nação é uma coisa extraordinária. Como se fosse ultrajante mais do que ilegítimo (e claro que não é) o direito que os eleitores têm de saber o que têm de saber e o dever que os governantes têm de esclarecer o que têm de esclarecer. Falta, realmente, vergonha, e abunda uma espécie de amadorismo ou alienação do que significa estar ao serviço do país; como se aquela ladainha que assinam ministros e secretários de estado, juro por minha honra desempenhar fielmente etc, não passasse, de facto, de um marginal etc, umas palavras bonitas mas inócuas, inconsequentes, uma dedicatória cordata na recepção do hotel até ao destino seguinte.

Não se arranja mais gente como Fernando Araújo?