Não
te esqueças de ouvir a noite. No seu canto de sereia. O vento varrendo as
ruínas de um tempo que não volta, o vazio a ausência, o canto escuro das palavras
por abrir, botões de orquídeas no terraço, fechados por dentro como pequenos
punhos, pequenos campos de batalha, as palavras, ama-se sangra-se morre-se. A sombra que tomba e se estilhaça sobre a laje fria das minhas páginas em branco. Às vezes. Talvez te procure aí.