Amava-as assim, superficialmente. Sem audácia. Com a leveza oca da espuma desfeita pela brisa
do mar, não com a urgência do rio cheio que cava a terra, sofregamente,
lavrando margens e leitos numa ânsia de fim e de regresso. Um amor breve, que não
magoa porque nunca sangra e, por isso, nunca deixa marcas, nem memória, nem
saudade.