Gabriel García Márquez não queria, e lá teria as suas razões. Nem inconfundível, nem fascinante (ou nem por isso). E exuberante deve ser o que se diz quando não se quer dizer mal, porque o senhor não merece. A culpa foi dos filhos, ao que parece.
Não é mau, claro que não é mau, é Gabriel García Marquez, e um mestre há-de ser
sempre um mestre; até na autocrítica. Mas está longe de ser fantástico. Digo
eu, que faço tudo o que não se deve fazer na escrita: misturo o trigo e o joio,
complico o que por natureza é simples, adjectivo compulsivamente e, obviamente,
adverbo, muito, em modo, lugar, tempo, e tudo o resto que me apeteça mesmo sabendo que não devo.
Vou ali esbofetear-me. Ou reler Cem Anos de Solidão.