terça-feira, 20 de maio de 2025

Post Scriptum

Luís Montenegro arriscou e venceu. A derrota do PS no Domingo passado também é uma derrota pessoal de Pedro Nuno Santos, o homem que geriu com a leviandade que se conhece o dossier TAP, mais os três mil milhões de euros dos nossos impostos que a empresa devolveria, palavra de honra, aos cofres do Estado, e, ainda assim, achou que teria condições de desafiar o primeiro-ministro para um duelo de ética sobre o escândalo – e é um escândalo, por mais que se finja – Spinumviva. Era preciso mais competência e menos ingenuidade. Não que eu perceba muito do assunto; sempre achei risíveis as pretensões de André Ventura, primeiro, a ambição de chegar a terceira força política, depois a primeiro-ministro, e, no entanto, aqui estamos. André Ventura é um vencedor, por muito que me custe perceber e admiti-lo.

É tempo de despir o nojo e reagir. Talvez não seja pior chamar André Ventura a mostrar o que vale e obrigá-lo a fazer escolhas. Deixem-no no conforto de berrar sozinho, como até aqui, e, nas próximas eleições, será a AD a desaparecer do mapa. Já não parece tão absurdo, pois não?