Espanha prepara-se para produzir um mártir na guerra (não
sei se com aspas ou sem aspas…) com a Catalunha. Em pleno século XXI, numa
democracia europeia de um país desenvolvido, pondera-se gerar um preso político
e pretende-se, com isso, esmagar uma vontade que, legítima ou não, grita cada
vez mais alto e não parece querer dar tréguas.
Na Alemanha, pela primeira vez depois da segunda guerra
mundial, abriu-se a porta a um partido cujo líder (um deles, pelo menos) apela
aos alemães para que “reclamem o seu passado”, enquanto afirma que uma
ministra de outro partido deveria ser recambiada para a Anatólia… estendeu-se o
tapete vermelho aos representantes do AfD, esse partido (que dizem ser) de
extrema-direita, mas que não se identifica como xenófobo, antes se considera
uma “alternativa”, essa palavra tão de moda que já não sei bem o que significa.
Entretanto, Kim Jong-Un e Donald Trump continuam a trocar
mimos e a brincar aos soldadinhos de chumbo. O primeiro acusa o segundo de
declarar guerra à Coreia do Norte e ameaça abater bombardeiros norte-americanos
mesmo que em espaço aéreo internacional. O segundo (essa alma que dispara tweets à
velocidade da luz, enquanto inventa atentados terroristas na Suécia, confunde a
Namíbia com a Nâmbia e evoca a mulher “ausente” que está mesmo
ali ao seu lado…) responde ao “homenzinho do foguete” informando-o que “não
estarão por aí por muito mais tempo”, um alívio, portanto!
Por cá, as coisas estão bem mais tranquilas. Parece que
só temos um candidato racista e xenófobo, a quem (quase) todos os comentadores
e cronistas dizem que não se deve dar palco, mas que falam dele todos os dias.
Assim que, nada de novo. É como dizem, tudo está bem
quando acaba bem. Oh!, espera…