António Costa "aceitou as demissões" de mais
três ministros. Aproveitando o "sentido de Estado" de Azeredo
Lopes (valeria mais tarde do que nunca, não fosse o caso dramaticamente
trágico e vergonhoso) e a confusão do Leslie, atirou - desconfio -
diligentemente e borda fora quatro remodeláveis. Do nosso primeiro pode
dizer-se muita coisa, menos que seja politicamente incauto; pelo contrário, é
mais matreiro do que uma raposa e tem mais vidas do que um gato. As fugas de
informação são para meninos. Ninguém deconfiou de nada, não houve leaks de
nenhum tipo, com prefixo ou sem prefixo. Tal qual como aquando da substituição
da Procuradora Geral da República, aquela estrategicamente metida entre os 90 minutos
das emoções reservadas aos jogos de futebol. António Costa gosta pouco de
assustar o povo, pelo que, nada melhor do que aproveitar, sempre que possível,
sobressaltos alheios...é de se lhe tirar o chapéu. E
parece que hoje também há futebol.