Parece que
foi o que respondeu Rui Rio a jornalistas portugueses, hoje mesmo, à porta
do centro de congressos Messukeskus, em Helsínquia. Significa - diz quem
sabe, que eu não percebo nada de alemão - "não sei do que estão a
falar" e vinha, ainda, a propósito das presenças fantasma do
secretário-geral do PSD, José Silvano. Enfim, questiúnculas da língua. Não
sei como é que os alemães dizem iogurte, mas sei que o prazo de validade de Rui
Rio caminha a passos largos para a expiração. Tenho pena, porque, faltam
pessoas sérias e competentes na política e, francamente, não sei o que
aconteceu a Rui Rio na versão presidente da Câmara do Porto.
Donald
Trump destratou, para não variar, um jornalista da CNN. Só visto, literalmente.
Apesar do aparente esforço para não perder a calma, a irritação e a
agressividade são palpáveis e, um destes dias, o homem passa das palavras aos
actos (não por mãos próprias, mas, nunca fiando). O mais curioso (ou não;
vivem-se tempos estranhos...) é que, grande parte dos comentários em português
que li não são de repúdio pela atitude do presidente americano. Pelo contrário.
Trump é que "os tem no sítio", Trump é que foi "atacado pelo
jornalista", "Jim Acosta não é um jornalista, é um lacaio"
apostado em denegrir a imagem de Trump (como se aquela pérola precisasse de
ajuda nisso...), "com ele (ele-Trump, pois claro) não brincam", e
outras variantes de apoio ao super-homem. Ainda me lembro dos meus tempos de
infância, em que os super-heróis eram, pelo menos, uns belos pedaços; seriam, igualmente,
uma tremenda fraude, mas, podíamos contemplá-los sem asco.
Alguns
jornalistas podem ser muito inconvenientes e/ou muitos incompetentes, mas não
deixa de ser absolutamente espantoso ver o presidente norte-americano insultar
e mandar um jornalista calar e sentar no mesmo tom em que se adverte um
carrocho para lhe mostrar quem manda.
Entretanto,
em mais um dia normal na América, desta vez, num restaurante da Califórnia, um
novo tiroteio fez mais 30 novas vítimas. É só mais uma banal inevitabilidade.
Mato porque sou branco ou porque sou preto, mato porque sou pró-judeu ou
anti-judeu, mato só porque sim, porque todos temos direito ao nosso dia de
raiva. Entre mortos e feridos, quem e quantos iremos escapar?
E, se
podemos mudar de sexo ou de género, por que não mudar de idade? É isso mesmo
que defende um holandês de 69 anos, que quer passar a ter, no máximo, 49.
Parece que, com a idade actual, não tem muito sucesso no Tinder e, além disso,
os médicos dizem que tem corpo aí para uns 45. Acho que sim...
"Wir
sehen uns morgen", que é como quem diz (se o Google não me falha), vou ali
e já venho, ou, se calhar, até a amanhã.