O trocadilho do título é fácil de fazer.
Mais difícil é gerir o equilíbrio que o trocadilho nos atira à cara, todos os
dias, descarado, ali mesmo, lado-a-lado com a máscara, no distanciamento social possível, desejado e desejável. Redentor, como se (des)espera.
Enquanto puder, recusar-me-ei a usar uma
máscara elegante, bonita, estilizada, colorida, às florzinhas, com receio de que a anormalidade me leve
mais do que o estritamente necessário para atravessar a tormenta. Aguentarei o
desconforto, as marcas na cara e a dor miudinha atrás da orelha latindo
queixumes abafados e monocórdicos. Será sempre nada ao lado do esforço de
outros.