Hoje é dia de novos
episódios na novela habitual: a tal dos tais negócios-que-se-fossem-feitos-por-nós-eram-ilegais-mas-feitos-por-grandes-empresas,
blá, blá, blá, não me lembro do resto, mas percebe-se o essencial. E o
essencial é que Portugal é um paraíso fiscal para quem os tenha no sítio. Aos
amigos. Quem diz amigos, diz advogados. Daqueles que conhecem a lei à letra. Da
letra à vírgula e da vírgula a todos os expedientes legais que garantam que, em
caso de dúvida – e de dívida – o Estado saia sempre a perder. Sempre. Depois, é
só encher comissões de inquérito, audições e mais uma série de teatros a fingir
o normal funcionamento das instituições – que não guardo memória, que não tinha
que saber, que tenho dificuldade em dar esses números, que abonos de família há
muitos e a EDP está como um desses para o Estado, que coincidências também e o
diabo em todas. Voilà em vez de jamais.
Para coisas mais sérias, leia-se, por exemplo, aqui. E aqui.