“Pedes
o impossível. Pedes mesmo o impossível. Se realmente amas essa rapariga como
dizes, será melhor que a ames intensamente de modo a ganhar em força o que
faltará em duração e continuidade. Percebes? Outrora, as pessoas dispunham de
uma vida inteira. E agora que a encontraste, se tiveres ainda duas noites deves
espantar-te de tanta sorte. Duas noites para amares, para te enterneceres. Para
o melhor e para o pior. Na doença e na morte. Não, enganei-me; na doença e na
saúde. Até que a morte nos separe. Em duas noites.”
Por Quem os Sinos Dobram
Ernest Hemingway