Não me lembro da última vez que estive no Marvão e acabei de ser atropelada por uma série de sentimentos contraditórios, entre o encantamento e a vergonha, não necessariamente por esta ordem: são escorregadios e ainda não consegui domesticá-los. Vergonha por não recordar ter ouvido falar alguma vez deste Festival, e o Encantamento é coisa que não se explica. Também há agradecimento e reconciliação, numa altura em que me sinto cada vez mais afastada deste país de pequeninos. De quando em quando perco-me de parte da parte de mim que aqui escreve. Estou num desses quandos.
Também acredito verdadeiramente no Belo, e tenho memória da beleza de Marvão mesmo sem a música, mas vou tentar não perder a edição de 2023.