segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Mamã, sabes que essa série é baseada num jogo da PlayStation, não sabes?, num tom levemente compassivo porque sabe da minha quase total inaptidão para as coisas do digital.

Não, não sabia. Comecei a ver o The Last of Us sem saber nada do The Last of Us. Foi aquela introdução excêntrica, e se um fungo, como consequência do aquecimento global do planeta, fosse capaz de evoluir para sobreviver no corpo de um hospedeiro como nós, infectando o nosso cérebro, manipulando a nossa vontade, devorando-nos por dentro, como fazem os cordycepsalguns insectos, às formigas por exemplo, que me fez ficar. Depois, Pedro Pascal e Bella Ramsey fizeram muito do resto. Gosto. Ponto. Gosto mais a cada novo episódio.

Também fui ver um daqueles outros episódios da série Planet Earth que, aparentemente, inspiraram os produtores do videojogo, onde a vida parece imitar a ficção – no caso, parece ter-se o contrário. 

É “apenas” David Attenborough numa das suas conversas de bichos, com bichos, mas podia perfeitamente ser uma sinfonia de Beethoven, ou um andamento de Haydn, há gente que não é deste mundo, é do Universo inteiro, pó das melhores estrelas.