Mamã, sabes que essa série é baseada num jogo da PlayStation,
não sabes?, num tom levemente compassivo porque sabe da
minha quase total inaptidão para as coisas do digital.
Não, não sabia. Comecei a ver o The Last of Us sem saber nada do The Last of Us. Foi aquela introdução excêntrica, e se um fungo, como consequência do aquecimento global do planeta, fosse capaz de evoluir para sobreviver no corpo de um hospedeiro como nós, infectando o nosso cérebro, manipulando a nossa vontade, devorando-nos por dentro, como fazem os cordyceps a alguns insectos, às formigas por exemplo, que me fez ficar. Depois, Pedro Pascal e Bella Ramsey fizeram muito do resto. Gosto. Ponto. Gosto mais a cada novo episódio.
Também fui ver um daqueles outros episódios da série Planet Earth que, aparentemente, inspiraram os produtores do videojogo, onde a vida parece imitar a ficção – no caso, parece ter-se o contrário.
É “apenas” David Attenborough numa das suas conversas de bichos, com bichos, mas podia perfeitamente ser uma sinfonia de Beethoven, ou um andamento de Haydn, há gente que não é deste mundo, é do Universo inteiro, pó das melhores estrelas.