Também houve The National no meu primeiro Rock in Rio. Não contei. Continuo a gostar mais da voz de Matt Berninger em estúdio, mas talvez seja só eu, e, decididamente, não é menos adorado em palco por isso. Dizem-no um “vocalista atípico”, porque é tímido e arma-se de uma série de truques para sobreviver à emoção caótica dos concertos ao vivo. Os The National têm uma legião de fãs em Portugal. A rapariga ao meu lado, casaco fino de cabedal preto muito mais velho do que ela e saia rodada um palmo acima do tornozelo (quem é que vai de saia rodada para um festival de Verão, digo eu, que fui de calças de ganga branca, gosto de calças de ganga branca), muito leve, no mesmo tom negro do casaco excepto por umas risquinhas oblíquas mais claras, frenéticas como ela, Matt, I love you!, e amava, era evidente que amava, e Matt no meio da gente, mais ou menos, junto às grades, tocam-se mãos, e braços, os rapazes do som doidos atrás dele, puxando fios, compondo cabos, os “anjos” do slide que Liam Gallagher proibira na sua vez, e eu também gosto tanto deste novo New Order. I keep what i can of you.