Primeiro, o ar fechou-se num vento simétrico incapaz de desarrumar um pensamento. Depois, choveu um fim de Maio morno, em filigrana verde, do verde mais
fresco dos ramos mais verdes das árvores mais altas. Choveu solenemente, como
notas de música numa melodia rara, e a terra encheu-se de fragrâncias sem tempo
contado, de odores insurretos; cheira a antes e a agora, a passado presente, a futuro imperfeito, a
destino escrito nas linhas da mão.