São
dias de saudade imperfeita. Vão de versos estilhaçados, tombando sombrios, lâminas
afiadas sobre os véus do desgosto. Labirintos de veludo escarlate de paixão e
cólera, que lavram febris na vertigem da perda.
Invento
o impossível.
Sob
o manto diáfano da luz de esmeril, ambarino, descendo sobre as encostas
sulcadas do monte, velando o rio que jaz na profundeza estreita do vale. Beber a
ausência ao limite da embriaguez, da nudez bruta dos sentidos.
Um
hálito de fantasma aflorando breve a linha suave do meu ombro.