quinta-feira, 4 de julho de 2024


São dias de saudade imperfeita. Vão de versos estilhaçados, tombando sombrios, lâminas afiadas sobre os véus do desgosto. Labirintos de veludo escarlate de paixão e cólera, que lavram febris na vertigem da perda.

Invento o impossível.

Sob o manto diáfano da luz de esmeril, ambarino, descendo sobre as encostas sulcadas do monte, velando o rio que jaz na profundeza estreita do vale. Beber a ausência ao limite da embriaguez, da nudez bruta dos sentidos.

Um hálito de fantasma aflorando breve a linha suave do meu ombro.