domingo, 22 de setembro de 2024

Durante muitos anos ouvi os “Sinais” de Fernando Alves, na TSF (e também o "Onde nos Levam os Caminhos”). Único na voz, imutável; nas histórias. Narrador exímio, curioso, inquieto, naquele modo de contar vertiginoso, de espanto permanente. Depois, Fernando Alves zangou-se, bateu com a porta, disseram-no reformado. Há dias, descobri que trocou a TSF pela Antena 1, e os “Sinais” deram lugar ao “Os Dias que Correm”. Gosto na mesma. Já li a reportagem do Río de los Niños Espantapájaros, o artigo (mais ou menos, entre o que se entende e o que se intui) de Aníbal Fernandes sobre a Língua Mirandesa, vi as couves de Valhascos, fugi da Nossa Senhora da Aflição porque já não suporto a desgraça dos incêndios que consomem Portugal a cada Verão, e (re)visitei Júlio Pomar. 

Gosto. Fico a par do mundo invisível, com esse vou aplacando a fúria do outro.