quarta-feira, 11 de setembro de 2024

"You're running against me"

Embora não parecesse. Donald Trump nunca olhou para a sua adversária – talvez logo no início, quando Kamala se aproximou para o cumprimentar – e nunca se lhe dirigiu (ela isto ela aquilo, eles são maus e eu sou magnânimo), excepto para a mandar calar.

A política americana é uma coisa orgânica, é uma coisa viva. Para quem gosta de política, tem tanto de excitante como de viciante. E o que acontece nos EUA não fica nos EUA: queiramos ou não, gostemos ou não.

O resultado das próximas eleições americanas continua difícil de prever (vá lá entender-se porquê), mas Kamala Harris conseguiu irritar Donald Trump – toda a gente sabe como a tarefa é árdua. Não é preciso um especialista para decifrar a linguagem daqueles dois corpos em debate, Trump à beira de um ataque de nervos, Kamala quase coquete, entre a firmeza e o sarcasmo: pode não ter sido perfeita, mas foi bastante eficaz; o que sairá daqui, ninguém sabe.



Para recordar