Em
palco, Nick Cave é um homem sem idade. Não se dá pelos seus sessenta e sete
anos; como podia ter atravessado vários séculos como um Nosferatu. É imortal. Catártico. Um cantador de histórias,
capaz de transformar um concerto com milhares de pessoas numa conversa íntima;
um monólogo, muitas vezes. Há uma tensão permanente, tangível, entre a beleza e
a dor, a alegria e a tragédia. É um homem exposto.
Warren
Ellis é um druida. Podia ter saído das crónicas de Nárnia.