quarta-feira, 26 de março de 2025


Finjo que não vejo

como o teu olhar se demora na minha boca, na curva latente do meu pescoço.

Finjo que não vejo o suspenso de ti, a hesitação. A tensão, o fio rubro da navalha no limite da minha pele. O silêncio rouco do abismo.