Entrego-me
à tua ausência diáfana, como quem despe a
Noite
fria de mármore, entre o ser e o não ser.
Transmutação
inquieta sem destino lavrado,
Refúgio de antinomias: habita-me o vazio como uma constelação inversa
Onde
tudo se dissolve, e ontem já não importa.
Paradoxo
do eterno e do efémero; não há início, não há fim, há o
Instante
absoluto que repousa na fronteira da memória exilada,
Alquimia
de silêncios onde convergem todas as promessas.