domingo, 11 de maio de 2025


Entrego-me à tua ausência diáfana, como quem despe a

Noite fria de mármore, entre o ser e o não ser.

Transmutação inquieta sem destino lavrado,

Refúgio de antinomias: habita-me o vazio como uma constelação inversa

Onde tudo se dissolve, e ontem já não importa.

Paradoxo do eterno e do efémero; não há início, não há fim, há o

Instante absoluto que repousa na fronteira da memória exilada,

Alquimia de silêncios onde convergem todas as promessas.