terça-feira, 9 de outubro de 2018

Chega!

O ponto de exclamação é meu, mas “Chega” parece que é o nome do próximo novo partido político português. André Ventura, para quem as ideias de Bolsonaro são “refrescantes”, não suportou o calor, talvez, do PSD de Rui Rio e vai avançar com uma “nova força política ao centro-direita”.

De momento, André Ventura ainda vai “apenas” pela defesa do fim do casamento homossexual, pelo regresso da prisão perpétua para homicidas e violadores e pela castração química de pedófilos, além da diminuição (para 100) do número de deputados na Assembleia da República. Assim de repente, com excepção da primeira, até parecem causas simpáticas e de encontro ao desamor e descontentamento do povo. É capaz de ser suficientemente radical para um país de brandos costumes, embora bem abaixo da fresca vitalidade do companheiro Jair. Por enquanto.

Também por enquanto, André Ventura estará muito longe de Marine Le Pen e de Matteo Salvini que, ontem, apelaram a uma “revolução” nas próximas eleições europeias, em Maio de 2019. Mas, talvez fosse melhor não subestimarmos aqueles que vêem o futuro, nomeadamente, o da Europa, sem os valores democráticos que tanto custaram a construir. Por muito insignificantes ou ridículos que nos pareçam à primeira vista, porque já vimos até onde isso nos pode levar.

Matteo Salvini, segundo li num jornal de referência, saudou a vitória de Jair Bolsonaro na primeira volta das eleições presidenciais no Brasil. Que palavra teremos nós a dizer?