Marcelo
Rebelo de Sousa dormiu pouco, como sempre, e teve uma espécie de epifania: e se
eu me recandidatar à presidência da República como efeito colateral daquela
doideira do Paddy de manter a Web Summit por cá mais uma década? Ou, se calhar,
não…mas, talvez.
Entretanto,
a determinada, quase agressiva, defensora acérrima de minorias e
super-feminista deputada Isabel Moreira resolveu ocupar o seu tempo no
Parlamento pintando as unhas, actividade muito mais estimulante do que ouvir
atentamente o que havia para dizer sobre a discussão do orçamento de Estado.
Parece que a menina foi apanhada por um fotógrafo da Reuters, para minha
vergonha. A da Isabel, não sei por onde andará.
Também
se descobriu que o Bruno insultou e praguejou mais do já sabíamos e, palpita-me,
isso vai dar para mais algumas longas e duradouras sessões de debates
televisivos. A não ser que o tema seja substituído por aquela conversa
telefónica em que, suposta e alegadamente, sempre!, o Filipe aceita transferir
o Rui para outro clube, por intermédio do César. Qualquer um dos assuntos é de
suma importância para a sobrevivência do país, pelo que, não sei em qual
aposte.
Na
Alemanha, Angela Merkel despediu-se. A CDU vai somando derrotas enquanto a
Alternativa para a Alemanha vai crescendo e engordando. A Alemanha
aguentar-se-á. E a Europa?
No
Brasil do Messias Bolsonaro uma menina posa para a fotografia empunhando,
artisticamente, uma arma maior do que ela. De momento, a arma é fake. Será a
intenção genuína? Infelizmente, estaremos cá para ver. Nos meus pesadelos, o
entusiamo histérico dos bolsominions resvala para a demência extrema e a
continência ao capitão estica-se, aos poucos e de mansinho, para a saudação
nazi; em vez de um monstruoso heil hitler, um animado e carioca “aí,
Bolsonaro!”
Hoje,
haveria muito mais, mas não me apetece. Faço como a Isabel. Vou ali
restaurar-me; tem é que ser fora do expediente, que isto, como diz o ditado,
cada um tem aquilo que merece…