“Todos temos por onde sermos desprezíveis. Cada um de nós traz consigo um crime feito ou o crime que a alma lhe pede para fazer.”
Fernando Pessoa, “Livro do Desassossego”.
De quando em quando, preciso de me
lembrar disto. Só assim sobrevivo à avidez da perfeição alienada com que se
entopem os novos dias de moralismos exacerbados, tão torpes e inúteis quanto maltrapilhos,
senão mesmo postiços. Só assim me livro (livro?) do mesmo pecado.