Talvez seja apenas saudosismo, o meu carinho pelo PCP. Não vivi o 25 de Abril que celebramos hoje. Nunca fui comunista. Os meus pais nunca foram comunistas. Mas o meu avô
paterno era orgulhosamente comunista. Perigosamente também, porque o foi num
tempo em que, o normal, era ir-se preso por isso, e ser preso, como é sabido, não era o pior dos cenários. Tenho muitíssimas dúvidas do seu apoio a esta posição pública do
seu partido. Talvez me dissesse, filha,
perdoa-lhes, porque, em matéria de política internacional, não sabem bem o que
dizem. E é exactamente o que eu acho. Também acho que a Democracia está em
sério risco, não necessariamente pelos mesmos motivos por que outros pensam o mesmo. Por isso, sim: 25 de Abril Sempre. Todos os dias do ano.
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Ao
contrário de outra gente, não estou preparada para ver o PCP desaparecer, renegado
e condenado ao ostracismo. O único partido que eu gostava mesmo muito de ver
desaparecer é o CHEGA – enquanto não desaparece, o partido de André Ventura
merece todas as piadas que se possam fazer à sua custa, as boas, as más e as
assim-assim: já devo ter escrito isto aí por qualquer lado.