Também eu precisava de falar-te ao ouvido. Contar-te, em segredo, das crateras lavradas de sombra onde me ausento e me demoro. O teu nome no meu nome. Também ardem, os nomes? É teu o rosto que soletro. Às vezes. Na ponta dos dedos. E teu o corpo que guia o meu corpo. São tuas as mãos que me desenham e adivinham. Sem urgência. Lenta e demoradamente. Num instante, tudo se desfaz. Mas eu não quero, não deixo, não consinto. É verdade, era mais fácil quando tudo era nada. Só se é como era uma vez.