Tenho um exemplar belíssimo d’ Os Lusíadas. Já contei. Um livro magnífico, velho e pesado, uma edição de MDCCCLXXX, assim, em romano, comemorativa dos trezentos anos da morte de Luiz de Camões, publicada por Emílio Biel com uma dedicatória “A Sua Majestade, o Senhor D. Pedro II, Imperador do Brazil”, em letra manuscrita, redonda e gorda, maiúsculas altas e elegantes de rabos longos e encaracolados. De vez em quando, retiro-o do seu abrigo e adoro-o.
Também já escrevi isto no dez de Junho do ano passado; mas ando exausta e não queria deixar em branco este dia, apesar de razoavelmente zangada, por motivos vários, nem todos muito nobres.