"And in the end the burgesses passed that remarkable
law which is told of by traders in Hatheg and discussed by travelers in Nir;
namely, that in Ulthar no man may kill a cat."
The Cats Of Ulthar, H.P. Lovecraft
Onze bombeiros indiciados por violação de um jovem colega sob pretexto de uma praxe.
Dez militares da GNR e um agente da PSP suspeitos de agirem como mercenários, intimidando e agredindo imigrantes explorados e a trabalhar em condições indignas.
O empresário V.M (quem?), que mandava agredir, e se gaba de ter na mão militares da GNR, agentes da PSP e uma procuradora do Ministério Público.
Saem todos em liberdade depois de o Tribunal Central de Instrução Criminal concluir pela "inexistência de indícios dos crimes imputados pelo facto de não ter validado as escutas telefónicas, que não tinham sido transcritas".
A primeira vez que vi Guernica ao vivo, o mural ocupando praticamente toda a parede da sala que lhe é dedicada no Museu Rainha Sofía, fiquei atordoada. A própria dimensão do quadro é violenta; magnética. É demasiado. Movemo-nos por dentro daquela devastação, somos outro cinza, outra sombra sobre aquele labirinto de destroços, e nenhuma distância é confortável: torna-se quase físico, como se, por momentos, mais do que observá-lo, o habitássemos na sua brutalidade tridimensional.
Não sei até que ponto Pablo Picasso se sentiria homenageado pela arte de Carlos
Rodríguez no seu Eterno. Gostei muito da primeira parte, e muito pouco
da segunda – essa, supostamente, mais dentro da ousadia de Picasso. Mas a minha
relação com a arte, qualquer forma de arte, é puramente instintiva, animal. Se
me arrasta, se me fere, se me alegra; não sei nada depois disso.